Véus
Este trabalho é parte integrante de uma investigação das estruturas poéticas presentes nas áreas metropolitanas. As primeiras imagens foram capturadas em 2009, e, desde então, tenho imergido no estudo das linhas, tramas e formas das redes de proteção em edifícios em processo de restauração. Como véus, essas redes revelam e ocultam, criando um mistério que, por vezes, infunde uma aura sinistra à arquitetura desses edifícios. Dependendo da tela e do recorte fotográfico, o projeto arquitetônico original se cala e quem fala é a imaginação do espectador.
Imagens em preto e branco de esculturas barrocas monumentais, forjadas em aço e concreto, que ora se curvam, ora se ocultam sob a influência dos ventos, como um véu que dança, tecendo um jogo de luz e sombra. Este projeto estabelece um diálogo profundo entre essas esculturas transitórias, que frequentemente existem apenas no instante fugaz da abertura e do fechamento do obturador. Essa interrupção da arquitetura revela a eterna renovação das cidades, sua paisagem em constante mutação e a diversidade de interpretações que emergem.
Veils
This present work is an integral part of an investigation into the poetic structures present in metropolitan areas. The initial images were captured in 2009, and, since then, I have immersed myself in the study of lines, patterns, and forms of safety nets on buildings undergoing restoration. Like veils, these nets reveal and conceal, creating a mystery that, at times, imparts an eerie aura to the architecture of these buildings. Depending on the canvas and photographic framing, the original architectural project falls silent, and it is the viewer's imagination that speaks.
Black and white images of monumental Baroque sculptures, forged in steel and concrete, which sometimes bend, sometimes hide under the influence of the winds, like a dancing veil, weaving a play of light and shadow. This project establishes a profound dialogue between these transient sculptures, often existing only in the fleeting moment of the shutter opening and closing. This interruption of architecture reveals the eternal renewal of cities, their ever-changing landscape, and the diversity of interpretations that emerge.